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A fatalidade e a covid-19
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A fatalidade e a covid-19

É fatalidade uma enfermeira se contaminar com covid-19 e morrer?


*Resposta de Cosme Massi na live "Provas, expiações, livre arbítrio e fatalidade", promovida pelo Centro Espírita Luz do Evangelho — USE Distrital Penha e IDEAK em 24 de julho de 2020.


Transcrição de Rui Gomes Carneiro.


É uma situação hipotética, pode ser o gênero de morte escolhido, mas também pode ser imprudência; a gente não sabe o contexto em que a morte ocorreu.


Mas vamos considerar que a pessoa estivesse trabalhando no bem, estivesse cumprindo sua obrigação e morreu: o que há de mal nisso? Costuma-se olhar a morte como se ela fosse um problema; mas por que a morte seria um problema?


Na visão espírita, e isto está em toda a obra de Kardec, quem morre cumprindo seu dever, cumprindo as suas obrigações, quem morre fazendo o bem, morre feliz, porque a morte é uma libertação da vida corporal!


A pessoa está livre, cumpriu o seu dever e morreu com a consciência tranquila! Não fomos criados por Deus para viver nesse corpo como realidade última, pois a vida corporal é transitória, o corpo é meio, não é fim, ele é instrumento para o progresso da alma, este sim o objetivo da encarnação! Ninguém foi criado por Deus para viver em função de um corpo limitado, que adoece, que se estraga, que produz limitações para a alma.


É por isso que em toda a sua obra Kardec trata a morte como libertação, como sair de uma prisão. E para quem se liberta cumprindo seu dever, fazendo o bem, a morte é uma coisa maravilhosa!


A morte pode ser uma punição ou pode ser uma fatalidade?


Muita gente se preocupa, acha que se a pessoa morreu ela foi punida. A morte não é punição, é apenas o regresso à verdadeira vida, a vida espiritual. Quem cumpre o dever, quem faz o bem, vive tranquilo, e quando a morte chega ele vai feliz, confiante em Deus!


Portanto, não é preciso ficar com essa preocupação de ser ou não fatalidade, de ter morrido antes ou não da época programada!
Se a pessoa estava trabalhando no bem, a consciência está tranquila, o que importa se morreu antes ou não? Se chegou antes pode ser que ela tenha sido abnegada a ponto de arriscar sua vida pela vida de outros; isto é virtude, é amor, é caridade!


Partir com a consciência tranquila é uma felicidade! Para aquele que serviu e colaborou com o bem-estar de seus semelhantes, se a hora chegou, está tudo bem! Seja bem-vinda, pois é uma libertação!


Não sabemos o gênero de morte que o indivíduo planejou, então uma enfermeira pode morrer de covid-19 porque foi programado, é claro — mas também poderia ter se contaminado como consequência da falta de cuidados consigo mesma. Mas, por outro lado uma enfermeira pode morrer em um acidente de carro, por exemplo. Não podemos saber se morreu antes, na hora ou se foi da natureza de morte que foi planejada.


Assim, quando o indivíduo escolhe sua vida, sua profissão, está escolhendo o seu contexto de provas.
 Ele escolheu o gênero de morte quando escolheu a vida. Quem escolheu uma profissão que tem alto risco, seja por contaminação por vírus como é o caso de uma enfermeira, seja por um acidente de carro para um motorista que anda por estradas muito perigosas, seja em calamidades para quem atua como socorrista, é aí que a pessoa irá viver e construir o momento de sua morte.


Por outro lado, há casos em que a pessoa não morre no acidente, mas sai muito ferida, ou até mesmo inválida; é claro que era uma possibilidade no contexto da vida que escolheu. E se não houve imprudência, se a pessoa fez tudo certo e não abusou, então provavelmente a invalidez fazia parte de suas escolhas.


Algumas pessoas sofrem ao pensar na situação de alguém que morreu, preocupadas com a possibilidade de ela estar sofrendo, sendo punida, castigada, mas ela está do lado de lá muito tranquila, porque ela fez tudo que escolheu fazer e fez com seriedade, se dedicando ao bem.


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*Observação. O texto acima foi retirado de uma exposição de viva voz. Como todo ensino oral, esta colocação pode não ser tão rigorosa com os sentidos das palavras, por efeito da proximidade entre as pessoas que conversam. É preciso, por isso, considerar que as definições dadas podem ser provisórias, e que alguns termos são usados em sentido figurado. Em todo caso, o fundo da mensagem não deixa equívocos.


Cosme Massi é Físico, Doutor e Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP. Foi professor, pró-reitor e diretor de diversas universidades no Brasil. Ganhador do Prêmio Moinho Santista em Lógica Matemática. Escritor, palestrante e estudioso das obras e do pensamento de Allan Kardec há mais de 30 anos. Idealizador do IDEAK (Instituto de Divulgação Espírita Allan Kardec) e da KARDECPEDIA, plataforma grátis para estudos das obras de Allan Kardec. Reúne mais de duzentas aulas de Espiritismo na plataforma KARDECPlay.


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