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Como ser virtuoso em uma sociedade polarizada e agressiva?
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Como ser virtuoso em uma sociedade polarizada e agressiva?

Explicação de *Cosme Massi em agosto de 2012, no auditório da Federação Espírita do Paraná.

Transcrição por Rui Gomes Carneiro.


Toda polarização significa excessiva preocupação com o próprio ponto de vista, sem analisar se o ponto de vista do outro tem algum componente verdadeiro, correto. Na polarização, ninguém quer ver qualidade no outro!

A polarização significa olhar para os outros e só ver coisas ruins, só ver posicionamentos equivocados, é não ter a mente aberta para perceber que há coisas boas em todas as coisas, e saber extraí-las. Nós temos perdido muito da tolerância, nós passamos a desrespeitar as pessoas, a agredi-las, a não ouvir os seus argumentos. Tomamos partido sem refletir, sem pensar, sem meditar onde está a verdade. A falta de bom senso ocorre em toda polarização.

A palavra “polarização” significa isso; se o sujeito está no polo de lá e é negativo, e o beltrano está no de cá, que é positivo, eles estão em situações opostas, então não se interessam pelas ideias que o outro advoga, mesmo que sejam boas e possam ser aproveitadas: simplesmente não interessam, porque são do outro polo.

A política é assim no mundo inteiro, infelizmente. Que partido elogia decisões de outro partido? Que partido apoia propostas de outros partidos? que partido fala bem de candidatos de outros partidos, quando não estão coligados?

Então, a divergência irracional é própria da vida política! Não é o bem que está sendo discutido, não é a solução que está sendo buscada, é cada um buscando ser engrandecido pela proposta, sem refletir que às vezes a junção de propostas poderia aumentar o alcance que cada uma delas isoladamente terá.

Existe um personalismo absurdo! E quando se examinam todos os lados, coisas boas e ruins são encontradas em todos eles, mas não existe uma preocupação com a verdade, pela solução. A proposta do outro polo não interessa mesmo que seja muito melhor. A preocupação é com o personalismo, com quem deu a solução, com quem foi o autor da proposta, e assim os problemas não são resolvidos, e esforços são desperdiçados.

Só há uma solução para os problemas do mundo e para os problemas sociais: a solução moral, trazida há tanto tempo pelo Cristo, que ensinava que é necessário que o homem aprenda a amar o próximo, a respeitar o outro, a ser abnegado, a renunciar aos seus interesses a benefício do outro, a resistir às paixões ruins, como inveja, ciúme, ambição, mágoa, raiva.

Sem a solução moral nós vamos continuar patinando de um lado para o outro, e as pessoas se iludindo na busca de soluções fora dela. Eu há muito tempo perdi essa ilusão, desde que compreendi o Espiritismo: ou a gente caminha para a moralização do homem, ou vamos continuar criando problemas a esmo, e o que é o pior, repetindo os mesmos erros!

E isso porque as escolhas são orientadas pelas paixões desequilibradas, pelos vícios morais. São as pessoas que escolhem, mas elas escolhem a partir do que elas são, e se elas são comandadas pelo ciúme, pela raiva, pelo ódio, pela inveja, pela mágoa, é óbvio que suas escolhas serão equivocadas; e se não compreendermos isso nós vamos continuar vivendo como sempre vivemos, isso é tão antigo quanto o homem, essas polarizações e discussões sempre existiram porque fazem parte das paixões doentias do homem.

Enquanto o homem não aplicar a solução única proposta pelo Espiritismo, e que Jesus propôs antes, que é o homem moralizar-se, o mundo continuará de provas e expiações, sempre com conflitos, com guerras, com lutas.

Kardec observa, na palestra extraordinária que fez em 1862 durante a Viagem Espírita, que nós só conseguiremos convencer as pessoas de que fora da caridade não há salvação quando tivermos uma crença sólida e bem estabelecida de que somos almas imortais. Aí todos renunciarão ao interesse pessoal a benefício de todos, porque terão a real dimensão e importância que a vida na Terra tem.

E o Espiritismo é de imensa importância para essa compreensão de que somos almas imortais, e não corpos perecíveis.


Cosme Massi é Físico, Doutor e Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP. Foi professor, pró-reitor e diretor de diversas universidades no Brasil. Ganhador do Prêmio Moinho Santista em Lógica Matemática. Escritor, palestrante e estudioso das obras e do pensamento de Allan Kardec há mais de 30 anos. Idealizador do IDEAK (Instituto de Divulgação Espírita Allan Kardec) e da KARDECPEDIA, plataforma grátis para estudos das obras de Allan Kardec. Reúne mais de duzentas aulas de Espiritismo na plataforma KARDECPlay.


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