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O Espírito de Verdade — Parte 1 de 5
Transcrições

O Espírito de Verdade — Parte 1 de 5

Quem é o Espírito de Verdade?

*Transcrição da palestra de Cosme Massi* “O Espírito de Verdade”, realizada em 16 de abril de 2016 no Centro Espírita Joanna de Ângelis. Disponível no canal CEJA BARRA no YouTube.

Transcrição de Rui Gomes Carneiro.


No Evangelho de João, Capítulo XIV, Jesus nos apresenta pela primeira vez o Espírito de Verdade.

Diz ele:

A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo > As predições > Capítulo XVII — Predições do Evangelho > Anunciação do Consolador > 35

“35. Se me amais, guardai os meus mandamentos — e eu pedirei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: — O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê; vós, porém, o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. (S. João, 14:15 a 17 e 26).”

O Cristo nos apresenta esse personagem especial, o Espírito de Verdade, e informa que seria um consolador que ele enviaria depois de sua passagem pela Terra.

Hoje vamos responder à pergunta: Quem é o Espírito de Verdade, a que Jesus faz referência no Evangelho de João?

Allan Kardec, na obra “O que é o Espiritismo?”, uma das suas obras fundamentais, apresenta logo no prefácio a resposta para essa pergunta, e no resto da obra ele justifica a resposta. Vamos aqui fazer a mesma coisa em relação ao Espírito de Verdade: diremos quem é, e depois justificaremos, ok?

Então, quem é o Espírito de Verdade para o Espiritismo?

Resposta:

1. Jesus;

2. O guia espiritual de Allan Kardec;

3. Espírito puro da escala espírita;

4. O mestre de todos nós;

5. O consolador prometido;

6. O dirigente do planeta Terra;

Essa foi a resposta que Allan Kardec deu, como veremos, textualmente em suas obras.

Não é preciso muito esforço de interpretação para se chegar a essas seis respostas a respeito do Espírito de Verdade.

Mas em que se fundamenta essa resposta? Em que Kardec se baseou para afirmar isso? Vejamos um pouco de Kardec:

Allan Kardec nasceu no dia 18 de abril de 1857 e desencarnou em 31 de março de 1869, período chamado de “período Allan Kardec”. Quem nasceu no dia 03 de outubro foi Hippolyte Léon Denizard Rivail; Allan Kardec nasceu em 18 de abril de 1857.

Durante a sua vida, Allan Kardec publicou 32 obras, entre livros, separatas e artigos fundamentais; dessas 32 obras, 22 são livros, cujo estudo é essencial para que se conheça a doutrina espírita.

Essas 22 obras estão à disposição gratuitamente, em português, na Kardecpédia. É com base nessas obras que vamos buscar os fundamentos para identificar o Espírito de Verdade, principalmente na maior produção de Allan Kardec, as Revistas espíritas: são 12 livros, cada um deles com o tamanho de “O livro dos Espíritos”. Essas revistas foram publicadas anualmente, e são divididas em 12 partes, uma para cada mês do respectivo ano; então temos um livro do ano de 1858, outro de 1859 e assim por diante, até 1869.

Será nessas obras que encontraremos a resposta para a pergunta “Quem é o Espírito de Verdade?”

Vamos começar pela primeira resposta, que afirma que o Espírito de Verdade é Jesus.

Quando se discutiu no movimento espírita quem era o Espírito de Verdade, e a Revista espírita era pouco conhecida, muitas pessoas falavam que era o nome dado a uma plêiade de Espíritos, um conjunto de Espíritos. Essa proposta existiu durante algum tempo no movimento espírita, porque as pessoas não haviam estudado com mais detalhes as Revistas espíritas.

Existe um texto esclarecedor da Revista espírita de julho de 1866 em que Allan Kardec vai responder a um leitor que manda para ele essa dúvida: ele diz a Kardec que seu Espírito protetor havia lhe dito que o Espírito de Verdade era uma comunidade dos Espíritos. Kardec responde ao leitor no texto citado abaixo, do qual veremos apenas um pedaço pequeno:

Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1866 > Julho > Qualificação de santo aplicada a certos Espíritos. Qualificação de santo aplicada a certos Espíritos

“A qualificação de Espírito de Verdade não pertence senão a um só, e pode ser considerada como um nome próprio. Está especificada no Evangelho. Aliás, esse Espírito se comunica raramente e apenas em circunstâncias especiais. É preciso manter-se em guarda contra os que indevidamente se enfeitam com esse título. São fáceis de reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem.”

A.K.


Primeiramente Kardec descarta a tese de que Espírito de Verdade seja um conjunto de Espíritos, uma plêiade. Não, é um nome próprio, nome de uma pessoa, então é um único Espírito. Kardec afirma, ainda, que essa condição está especificada no Evangelho (João XIV, citado antes), onde é mencionado o Espírito de Verdade.

Então é Kardec dizendo — olha, esse Espírito de Verdade, que se manifestou na Europa durante o período em que coordenou o advento da doutrina espírita, é o mesmo citado no Evangelho de João, e é um nome próprio, não é um conjunto de Espíritos.

Diz ainda Kardec que o Espírito de Verdade se comunicava pouco, raramente. Muitos médiuns deram comunicações assinadas com esse nome, mas Kardec recusou muitas por reconhecer que a qualidade não era a do Espírito de Verdade.

Na Editora Nobiltá nós temos uma frase, que é o slogan da editora, que diz assim: “Nobreza obriga”, que é uma frase atribuída a Michel de Montaigne, no século XVI, e que Kardec usa várias vezes. Quando ele vai estudar em “O livro dos Médiuns” a identidade dos Espíritos, ou vai nos dar as orientações de como analisar as mensagens dos Espíritos, Kardec diz que “nobreza obriga”.

Se a comunicação é de alguém evoluído, como por exemplo o Espírito de Verdade, o texto tem que refletir a assinatura. Um Espírito altamente evoluído não pode produzir um texto cheio de prolixidade, cheio de vulgaridades de linguagem. Então a nobreza obriga, ou seja, quem é nobre tem que se comportar como nobre, escrever como nobre.

Kardec deixava isso muito claro, e temos um fato muito curioso: Kardec tinha um médium, o sr. Roze, que recebeu muitas mensagens do Espírito de Verdade, mensagens que se encontram na Revista e em outras obras. Mas o Sr. Roze começou a receber, a partir do ano 59 e 60, várias mensagens assinadas pelo Espírito de Verdade que Kardec recusou. O mesmo médium que já recebera várias mensagens assinadas pelo Espírito de Verdade na Sociedade de Paris, começou a receber mensagens assinadas como Espírito de Verdade, que Kardec não aceitava.

Roze brigou com a Sociedade de Paris, fundou outra casa e publicou três livros, com mensagens que Kardec havia recusado, do Espírito de Verdade, de São Luís e de Santo Agostinho. Temos esses livros em nosso site IDEAK, em francês, e é notório que não era o verdadeiro Espírito de Verdade quem ditava. Na verdade, eram textos horríveis, mal escritos, e Kardec estava muito certo ao recusar. É isso: nobreza obriga.

Já no tempo de Kardec ele havia identificado comunicações apócrifas, com assinatura de Espírito de Verdade. Por isso essa frase de Kardec: “Eles são fáceis de reconhecer pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem.”

Então Kardec deixa claro: o Espírito de Verdade raramente se comunica, é Espírito muito evoluído e é um nome próprio, não é uma plêiade de Espíritos.

Então quem é o Espírito de Verdade?

Kardec nunca disse que o Espírito de Verdade era Jesus. Ele nunca disse isso.

Embora Kardec nunca tenha dito isso, o próprio Espírito de Verdade disse que ele era Jesus.

Existem muitas mensagens em que o Espírito de Verdade se apresenta como Jesus. Nós veremos uma em que é tão evidente, que é muito difícil dizer que estaríamos forçando uma interpretação. Mas não podemos deixar de citar outra mensagem que está em “O Cristo Consolador”, no capítulo VI de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em que ele começa a mensagem assim: “Venho como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade, e dissipar as trevas. Escutai-me! O Espiritismo, como fez antigamente a minha palavra. . .” É linda essa mensagem, demandaria algumas horas para discutirmos todas suas frases com sua beleza e profundidade.

Essa parece direta, mas ainda se poderia dizer que é uma interpretação pessoal. Então vejamos aquela que anunciamos há pouco, menos conhecida, em que ele diz, de forma muito direta, que ele é Jesus. Para melhor compreensão, vamos situá-la.

Kardec lançou “O Evangelho segundo o Espiritismo” em 15 de abril 1864, com o título “Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo”; na segunda edição da obra, já em 1865, seguindo sugestão do editor da Revista, Sr. Didier, e de outras pessoas, Kardec mudou o título da obra para “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Em 1866 Kardec lançou a terceira edição com algumas alterações na ordem e número de capítulos, acrescentando alguns itens e mudando sequências, e manteve o título “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

Após o lançamento da primeira edição, no mesmo ano de 1864, em dezembro, o Espírito de Verdade dita uma mensagem na Sociedade Espírita De Paris, em que trata do Evangelho recém-lançado por Kardec:

Revista espírita — Jornal de estudos psicológicos — 1864 > dezembro > Comunicação Espírita

A propósito da imitação do evangelho

(Bordéus, maio de 1864. Grupo de S. João. — Médium: Sr. Rul.)

“Um novo livro acaba de aparecer. É uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha. Há dezoito séculos vim, por ordem de meu Pai, trazer a palavra de Deus aos homens de vontade. Essa palavra foi esquecida pela maioria, e a incredulidade, o materialismo vieram abafar o bom grão que eu tinha depositado em vossa Terra. Hoje, por ordem do Eterno, os bons Espíritos, seus mensageiros, vêm a todos os pontos da Terra fazer ouvir a trombeta retumbante. Escutai suas vozes; elas são destinadas a mostrar-vos o caminho que conduz aos pés do Pai celeste. Sede dóceis aos seus ensinamentos; os tempos preditos são chegados; todas as profecias serão cumpridas.

“Pelos frutos se reconhece a árvore. Vede quais são os frutos do Espiritismo: casais onde a discórdia tinha substituído a harmonia voltaram à paz e à felicidade; homens que sucumbiam ao peso de suas aflições, despertados pelos acordes melodiosos das vozes de além-túmulo, compreenderam que seguiam por um caminho errado e, envergonhados de suas fraquezas, arrependeram-se e pediram ao Senhor a força para suportar suas provações.

“Provas e expiações, eis a condição do homem na Terra. Expiação do passado, provas para fortalecê-lo contra a tentação; para desenvolver o Espírito pela atividade da luta; para habituá-lo a dominar a matéria e prepará-lo para os prazeres puros que o esperam no mundo dos Espíritos.

“Há várias moradas na casa de meu Pai, disse-lhes eu há dezoito séculos. Estas palavras, o Espiritismo veio fazê-las compreendidas. E vós, meus bem-amados, trabalhadores que suportais o calor do dia, que credes ter que vos lamentar da injustiça da sorte, bendizei vossos sofrimentos; agradecei a Deus, que vos dá meios de resgatar as dívidas do passado; orai, não com os lábios, mas com o coração melhorado, para vir ocupar melhor lugar na casa de meu Pai, porque os grandes serão humilhados, mas, como sabeis, os pequenos e os humildes serão exaltados.”


O Espírito de Verdade


Vejamos o começo do texto: “Há dezoito séculos vim”. Note-se o "vim", ele está falando dele, ou seja, está dizendo que o Espírito de Verdade veio há dezoito séculos. Essa mensagem é de 1864. Mas ainda poderíamos falar: Espera aí, pode ser um apóstolo, que também estava lá!

O Espírito de Verdade continua: “Há várias moradas na casa de meu Pai, disse-lhes eu há dezoito séculos”. É preciso assinar como Jesus? É precisa evidência maior? É o Espírito de Verdade escrevendo e dizendo que há dezoito séculos disse “há muitas moradas na casa do meu Pai”.

Aqui a evidência é muito grande, teria que ser muito teimoso para não aceitar uma evidência como esta, está claro demais. A única pessoa que dezoito séculos antes de 1864 disse que “Há muitas moradas na casa de meu Pai” foi Jesus.

Então o Espírito de Verdade deixa clara a sua identificação, que ele era o próprio Cristo, o Cristo que volta agora, não encarnado, volta como Espírito, para liderar o processo de consolidação do Consolador prometido, que estava surgindo, e que era a doutrina espírita.

O próprio Cristo, o Espírito de Verdade, era o líder da construção dessa nova ciência, dessa nova filosofia que viria restabelecer o seu ensinamento e ficar eternamente conosco.

Existem dezenas de afirmações nas obras de Kardec que deixam isso claro, mas há outra muito evidente em O Livro dos Médiuns, último capítulo, em “Dissertações Espíritas”, antes do “Vocabulário Espírita”, em que na nota Kardec diz quem trouxe a mensagem: “Foi Jesus”. Em 1864 a mesma mensagem aparece em “O Evangelho Segundo o Espiritismo, agora com a assinatura Espírito de Verdade. No livro dos médiuns aparece com assinatura “Jesus”, e em O Evangelho segundo o Espiritismo aparece como Espírito de Verdade.

O Livro dos Médiuns ou guia dos médiuns e dos evocadores > Segunda parte — Das manifestações espíritas > Capítulo XXXI – Dissertações espíritas > Acerca do Espiritismo

Evangelho segundo o Espiritismo > Capítulo VI — O Cristo consolador

“Venho, eu, vosso Salvador e vosso juiz; venho, como outrora, aos filhos transviados de Israel; venho trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, tem que lembrar aos materialistas que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar a planta e que levanta as ondas. Revelei a doutrina divina; como o ceifeiro, atei em feixes o bem esparso na humanidade e disse: Vinde a mim, vós todos que sofreis!

“Mas, ingratos, os homens se desviaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e se perderam nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer, não mais por meio de profetas, não mais por meio de apóstolos, porém, que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, vos socorrais e que a voz dos que já não existem ainda se faça ouvir, clamando-vos: Orai e crede! por isso que a morte é a ressurreição, e a vida, a prova escolhida, durante a qual, cultivadas, as vossas virtudes têm que crescer e desenvolver-se como o cedro.

“Crede nas vozes que vos respondem: são as próprias almas dos que evocais. Só muito raramente me comunico. Meus amigos, os que hão assistido à minha vida e à minha morte são os intérpretes divinos das vontades de meu Pai.

“Homens fracos, que acreditais no erro das vossas inteligências obscuras, não apagueis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos, para vos clarear a estrada e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

“Em verdade vos digo: crede na diversidade, na multiplicidade dos Espíritos que vos cercam. Estou infinitamente tocado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa imensa fraqueza, para deixar de estender mão protetora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem no abismo do erro. Crede, amai, compreendei as verdades que vos são reveladas; não mistureis o joio com o bom grão, os sistemas com as verdades. Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensino; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgais o nada, vos clamam vozes: Irmãos! nada perece; Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.


Esta transcrição pertence a uma série de cinco textos. Confira os demais números:

— O Espírito de Verdade — Parte 1 de 5;
O Espírito de Verdade — Parte 2 de 5;
O Espírito de Verdade — Parte 3 de 5;
O Espírito de Verdade — Parte 4 de 5;
O Espírito de Verdade — Parte 5 de 5.


*Observação. O texto acima foi retirado de uma exposição de viva voz. Como todo ensino oral, esta colocação pode não ser tão rigorosa com os sentidos das palavras, por efeito da proximidade entre as pessoas que conversam. É preciso, por isso, considerar que as definições dadas podem ser provisórias, e que alguns termos são usados em sentido figurado. Em todo caso, o fundo da mensagem não deixa equívocos.

Cosme Massi é Físico, Doutor e Mestre em Lógica e Filosofia da Ciência pela UNICAMP. Foi professor, pró-reitor e diretor de diversas universidades no Brasil. Ganhador do Prêmio Moinho Santista em Lógica Matemática. Escritor, palestrante e estudioso das obras e do pensamento de Allan Kardec há mais de 30 anos. Idealizador do IDEAK (Instituto de Divulgação Espírita Allan Kardec) e da KARDECPEDIA, plataforma grátis para estudos das obras de Allan Kardec. Reúne mais de duzentas aulas de Espiritismo na plataforma KARDECPlay.


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